sexta-feira, 4 de setembro de 2015

A origem da EJA e sua importância para os dias atuais.



           A educação de trabalhadores, até bem pouco tempo, não era tida como necessária. A partir das transformações no processo de trabalho e no processo industrial, esse conceito mudou e surgiu a necessidade de um “operário pensante”. Este trabalho apresenta, de maneira breve, como os programas desenvolvidos no país voltados à alfabetização de jovens e adultos se estruturaram. Relata, ainda, uma pesquisa feita com alguns professores do Colégio Estadual Coronel Serrado, da rede estadual do Rio de Janeiro, sobre suas concepções a respeito da EJA. A educação de adultos das classes pobres sempre foi vista pela classe dominante como desnecessária e até “prejudicial” à felicidade desses trabalhadores. O discurso da elite naturalizava a condição financeira; assim, os menos favorecidos deveriam aceitar a posição à qual foram destinados na sociedade. Na verdade, o que se escondia por trás dessa ideia é que a educação seria subversiva e poderia criar indivíduos perigosos: capazes de entender seu papel enquanto cidadãos, questionadores, insubordinados, “inimigos da sociedade” estabelecida. O trabalho na agricultura ou mesmo na indústria era braçal e dependia de um treinamento mínimo. Seria um desperdício gastar energia e dinheiro com alfabetização de adultos já inseridos no mercado de trabalho, sendo melhor investir na educação de base – a educação infantil. Essa política de adestramento foi dominante até pouco tempo. A história da EJA no Brasil é, portanto, uma história recente. Com o desenvolvimento industrial e a reorganização do processo do trabalho, iniciou-se uma mudança de postura e interesses da elite em relação à formação do trabalhador. A partir daí, houve valorização da educação de adultos, buscando a capacitação profissional desses trabalhadores. Novas iniciativas têm surgido a fim de garantir uma metodologia adequada a discentes com esse perfil.



Um comentário:

  1. Alguns anos atrás não era tão necessária a educação para quem trabalhava , as pessoas não precisa pensar em estudar era só trabalhar para o desenvolvimento do país era assim que a classe dominante pensava, pois na verdade se estudasse criaria indivíduo pensante capazes de entender o seu papel enquanto cidadão. E com a EJA houve valorização de adultos buscando a sua participação.

    ResponderExcluir